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Partilha da Africa e Canal de Suez

Canal de Suez

Situa-se entre os mares Mediterrâneo (Port Said) e Vermelho. O canal tem cerca de 162 km de extensão (contando com todas as radas), 70 a 125 m de largura (à superfície, pois no leito esta é menor) e 8 a 12 metros de profundidade. Divide o Egito africano e a Península do Sinai, que lhe pertence. Esta notável obra de engenharia faz parte de importantes rotas do comércio mundial.
Em 1848 instituiu-se uma sociedade internacional para construir este canal, embora a preponderância fosse claramente francesa. De facto, o engenheiro-chefe das operações de construção era um francês, Ferdinand de Lesseps. As obras começaram em 1859, tendo sido inaugurado a 17 de novembro de 1869 por Eugénia do Montijo, esposa de Napoleão III, rei de França. Em 1956 foi nacionalizado pelo Egito, causando uma onda de protestos a nível internacional. Em junho de 1967, o canal foi ocupado por Israel na sequência dos conflitos israelo-árabes, tendo mesmo sido encerrado. Reocupado pelo Egito em 1974, com a retirada de Israel da região do Sinai, foi reaberto. Este canal poupa à navegação entre o Índico e o Atlântico os cerca de 9000 km para travessia do cabo da Boa Esperança, na África do Sul, rota que, no entanto, é ainda preferida pelos petroleiros oriundos do Golfo que, por uma questão de segurança, a preferem ao Suez.








Partilha da África

Partilha da África é o nome atribuído ao processo de divisão do continente africano realizado pelas potências européias. É difícil precisar em marcos cronológicos quando se inicia o processo, mas um passo decisivo para o processo de partilha da África é a Conferência de Berlim que ocorreu entre os anos de 1884 e 1885.

Já antes da conferência de Berlim, os países europeus interessados em estabelecer colônias no continente africano enviavam regularmente expedições científicas, militares e religiosas a fim de iniciar a ocupação européia em áreas ainda não atingidas pelo comércio e troca de mercadorias. Os principais países envolvidos foram Inglaterra, França, Portugal, Alemanha, Itália, Bélgica e em menor medida, Espanha. Essa fase na qual as potências “competem” pela posse de terras também ficou conhecida como “corrida colonial”.

A conferência de Berlim ocorreu principalmente por quatro motivos. Em primeiro lugar, a intenção do Rei Leopoldo II da Bélgica criar uma colônia na região do Congo, cobiçada por outros países. Procurando ganhar destaque, Leopoldo II se apresentava como um filantropo interessado em ajudar os povos originários da África, quando na verdade seu desejo era ser o dono pessoal de um império, segundo nos contam os historiadores. 

O segundo fator que acelerou o processo de partilha da África foi um famoso mapa apresentado por Portugal, que ficou conhecido como “mapa cor-de-rosa” em função das pretensões portuguesas receberem esta cor. Este mapa pretendia tornar território português uma faixa que ligava os territórios de Angola e Moçambique, ligando o continente de leste a oeste, procurando colocar sob o domínio português regiões que interessavam a países muito mais poderosos que Portugal. Em terceiro e quarto lugar é preciso mencionar o expansionismo francês, que procurava atingir territórios principalmente na África do norte e as intenção inglesa de fazer dos rios Congo e Níger uma área de livre navegação, em função de seus interesses comerciais.

Diferente do que comumente se imagina, não foi na Conferência de Berlim que ocorreu todo processo de partilha da África. Pelo contrário: a maior parte dos documentos que definia a partilha das terras foram acordos bi-laterais realizados em sua maioria após a conferência. Entretanto alguns pontos importantes foram definidos em seu decorrer. Os rios Níger e Congo se tornaram de fato áreas de livre-navegação, Leopoldo II conseguiu apoio para criar o Estado Livre do Congo e foi instituído o princípio do hinterland para a ocupação das terras. Isso equivalia a dizer que o interior de uma região pertence à potência que se estabeleceu em seu no litoral, desde que sua presença esteja de fato consolidada. Esse é um conceito impreciso e que gerou uma série de disputas e rivalidades, afinal até onde vai o interior correspondente à costa? 

Ao invés de colocar um fim ao processo de partilha da África, a conferência de Berlim o intensificou. As potências enviavam expedições secretas e militares a fim de travar contato com os chefes locais e submetê-los ao seu domínio, no caso de um contato pacífico ou, caso contrário, forçá-los a isso, em um gesto de violência que em algumas regiões chegou a exterminar populações inteiras.
Equipe:VictorPereira,Alethia,Alana,BeatrizB.,Leiliane,Roberta,Quetelim,CamilaB.,LuizEduardo,William,Cesar

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